quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ultimatum

Estou dando um ultimatum a mim mesma...

Infelizmente meu dinheiro acabou e fazendo faxinas estou ganhando várias dores pelo corpo: coluna, joelhos, pernas de modo geral, e na sola do pé (talvez seja esporão), mas o pior é amanhecer com as mãos formigando e sem conseguir fechá-las direito.
A dona da casa aqui, a qual eu ajudo, fez uma cirurgia na mão na véspera de Natal, já tinha feito na outra, ela sentia as mesmas coisas que estou sentindo agora. Tiveram que abrir e acho que mexer ou retirar um nervo, músculo da mão...
Não quero chegar a esse ponto!
Estou com medo de me aleijar, sim, aleijar porque eu era uma pessoa normal antes disso.

Estou dando um ultimatum a mim mesma (estou usando a forma no latim da palavra, né?):
preciso de dinheiro, mas não vou mais ajudá-la... estou me prejudicando também;
se eu não arrumar logo outro emprego que der pra eu sobreviver dignamente aqui, volto logo pro Brasil, com uma mão na frente e outra atrás, mas tentando manter um pouco do que restou da minha saúde.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As últimas de London

Tive um desabafo enorme no twitter ontem, não quis apagar e fingir que nunca escrevi.
Tenho depressão e ela parece voltar agora... a vida não anda fácil aqui e eu me sinto esmagada pela cidade.
É como se o Big Ben caisse em cima de mim.

Eu sabia que não seria fácil minha vida aqui, mas não pensei que seria uma "patada" atrás da outra, que eu não tivesse mais vida...

Cinco meses aqui e o que ganhei foram quilos, só isso.

Estou gorda, acabada, cansada, deprimida, ansiosa, revoltada, sufocada e nem consigo chorar: não tenho mais privacidade pra isso.

Não tenho dinheiro para ir aos shows que gostaria e comprar os cds e dvds que queria, entre tantas coisas, pra mim, a vida tem sido muito irônica: eu amava a música daqui e nem ouço o rádio.
Agora eu não tenho mais tv, eu não tenho mais a privacidade para ficar até uma da manhã na internet conversando com meus amigos e família.
Minhas roupas estão todas em malas e todas as minhas coisas num minúsculo guarda-roupa, tudo amontoado.
Não cortei mais meu cabelo, não fiz mão ou pé. A última vez que fiz foi no Brasil, antes de viajar.
Precisava de uma limpeza de pele, minha pele tá só o bagaço... os produtos que trouxe pra limpar estão amontoados, até eu achar onde estão e tirar tudo do armário, eu já cansei... já perdi a vontade de qualquer coisa, fora que o tempo também, muitas vezes é o que eu menos tenho: tempo.

Trabalho, trabalho, trabalho.
Dinheiro?
Uma miséria por semana que vai pra cama que eu alugo por 50 libras por semana  também. Porque eu só alugo uma cama, com um colchão que é só mola, espuma não existe...
Ainda bem que meu irmão mandou pra mim meu rivotril, tomo e durmo direto, nem sinto a dor das molas no meu corpo e nem a dor das minhas mãos e costas inflamadas de tanto faxinar.

Minha amiga Fabiana me perguntou se tudo isso está valendo a pena e eu digo: não, não está, mas eu sou teimosa, eu ainda vou tentar aguentar mais um pouco... ainda vou tentar conseguir outro emprego pra ganhar mais e pelo menos viajar pela Europa e voltar pro Brasil.
Quero tirar ainda meu certificado de Cambridge aqui... eu disse que era questão de honra, sou teimosa e estou sendo, eu sei, orgulhosa.

Infelizmente eu sou mesmo, eu sei que vou chegar no Brasil e minhas tias vão continuar comparando eu e minhas primas, principalmente a que teve uma vida muito mais fácil nos States, sendo babysitter e não pagava aluguel nem comida, e ainda tinha curso pago.
Eu sei que todo mundo vai falar "mas a nossa queridinha ficou 8 meses nos States e sempre consegue bom emprego, ele é fluente! como você voltou do mesmo jeito?"

E outra: acho que não vale a pena ter sofrido tudo isso pra não ter um retorno quando voltar...

Estou cansada, triste e extremamente mal-humorada. Falei palavrão e mandei o povo se fuder no twitter, mas eu tenho meus ataques de raiva porque eu não aguento mais me sentir tão sozinha...

Tô de saco cheio de uma das roommates dormir às 9 da noite e eu ter que usar a internet na sala/quarto da Landlord. Tô cansada de ter que ligar pros meus pais do busão para poder conversar com privacidade - se é que há no busão com tanto brasileiro... mas pelo menos não me conhecem...
Tô cansada de não comer bem, de ter um mísero espaço na geladeira da mulher, cansada de estender minha roupa num varalzinho improvisado no quarto que logo vem a chata e sempre, SEMPRE, tem que lavar as roupas dela em seguida pra tirar as minhas...
Tô cansada da landlord me tratar como se fosse filha dela e querer saber e perguntar da minha vida - ela é gente boa, mas eu não devo satisfação...

Simplesmente, eu estou cansada de não viver.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Big NaLgini Strikes Again

NaLgini levava os super gêmeos numa escolinha de filhos de brasileiros e eu tinha visto o anúncio e pensado em ir até lá. NaLgini me apoiou no fatídico dia que fui à casa dela, mas estava sem emprego, precisava ver conseguia algo ali e consegui uma vaga de assistente de professora. O que foi muito bom pra mim, sábado se tornou o melhor dia para mim, por conta de ganhar uns trocados, não muitos, porque a escola funciona praticamente como uma ONG.
Como não fui pra casa de NaLgini e não dei satisfações a ela, não sabia o que dizer, ela e os filhos sumiram da escolinha. Fiquei com medo de ela fazer minha caveira na escola e eu perder o emprego que eu mal tinha começado, afinal, ela tinha feito amizade com todo mundo lá e o povo já se perguntava onde estava a NaLgini, tão simpática e que fazia um bolo de macaxeira delicioso...
Depois de alguns sábados, as crianças voltaram, mas não me cumprimentaram, ou quando cumprimentam é com cara de c*... a mãe já os envenenou e tudo bem, eles não são do estágio que trabalho, o que é ainda melhor pra mim para não haver problemas, eu os vejo pouco, ainda bem!
Mas NaLgini não satisfeita me mandou um de seus torpedos bíblicos – ela adora mandar enormidades de textos.
R acabei de te ligar, gostaria de te dizer não fiz faculdade mais com certeza tenho educacao. Educacao venhe de berco, qd vc veio a minha casa eu tenho certeza que te tratei muito bem. Te enviei uma msg a duas atraz e vc nunca respondeu. Outra se vc não se enterecou de alugar o quarto aqui em casa, o minimo q vc poderia fazer era pelo menos me mandar uma msg dizendo q nao estava mais interessada. Enfim ja conheci outras pessoas pessoas iguais a vc.
O que fazer diante disso?
Mentir!
Respondi que não havia lhe respondido porque meu pai estava doente e pedia desculpas.
R eu sinto muito pelo seu pai, espero de coracao que o mesmo se recupere logo. Apezar que nao o conheco minhas palavras sao sinceras. Olha vc nao imagina qtos problemas eu tenho, mais mesmo assim nunca deixo de responder as msgs que recebo. Te pesso desculpas pela msgem q te mandei, mais eu te falei sou uma pessoa muito sincera. Tudo de bom para te, obg pela msg. Nalgini
Mandei outra agradecendo, somente, mas ela respondeu mesmo assim...
R tudo bem? Voce  teve noticias do seu pai? Espero que o mesmo fique logo bem. Creio que vc deve esta bem apreensiva por esta longe. Pense positivo porque ajuda bastante, pensamentos positivos atrai coisas boas. Se precisar de alguem para conversar eu estarei aqui. Apezar q vc nao nos  conhecemos bem. Mais vc so sabe quem e uma pessoa qd vc da uma chance.
Só disse que agradecia a força e felizmente ela parou.
E fiquei pensando na história dela de “cada um é cada um” de não se julgar os outros? Mas eu ia responder e ia aumentar a história... não, melhor não...
Outra história que Ad e Collorida me contaram era que ela tinha perdido uma filha no Brasil (a NaLgini), ela também havia me contado isso só que de forma diferente...
Para as duas ela perdeu ainda na cidade dela, em Pernambuco e a filha mais velha confirmou isso a elas – filha que acho que mora na Dinamarca porque, segundo as Ad e Collorida, quer ficar bem longe da mãe. Para mim, NaLgini contou que a filha foi atropelada na porta de casa, na calçada, quando ela morou em São Paulo, antes de vir pra cá.
Segundo a filha mais velha, a mãe as deixou com o pai e foi viver com outro homem. Num sábado, foram encontrar a mãe na praia e na hora de atravessar a rua, a menina não fui e ficou debaixo do carro...
Se isso afetou a cabeça de NaLgini? Eu acredito que sim, largar as filhas, uma morrer quando ia ao encontro dela e ainda largou a mais velha no nordeste e foi pra Sampa... imagina a cabeça...

Não pus “sic” nos torpedos porque vocês nem iam conseguir ler  e entender com tanto “sic”.

domingo, 16 de janeiro de 2011

NaLgini

Agora vem a parte mais assustadora...
Como disse no post anterior, a carta era de Collorida, era resposta à carta que NaLgini havia deixado para ela e Nalgini me dizia “por que ela não entrou pra falar comigo e aproveitava e levava você pra casa!?” Pensei nisso também, mas não quis entrar no jogo da outra... continuei na minha...
E aí ela continuava a falar mal de Collorida e sempre dizia, era seu  bordão:  se fosse eu não faria isso, mas cada um é cada um! Temos que aceitar! Como  se ela fosse a boa samaritana.
Aí me pediu pra entregar a nova  resposta para  Collorida, eu não quis, disse que era melhor ela entregar e ela resolveu que ia me levar em casa, quando o marido chegasse e me leveria de carro com ele e deixaria a carta lá. Eu estava vendo que a coisa estava feia... era algo pesado pelo jeito e estava com medo que sobrasse pra mim (e sobrou...).
No caminho, fiquei achando NaLgini meio estranha, começou a cantar alto uma música no carro, foi uma coisa muito estranha... o marido não abria a boca, não dava a mínima e Collorida me disse que ele a traía... mas não sei se é verdade. NaLgini chegou a me dizer “como todo casal temos problemas, mas isso não tem problema para você morar aqui”, me disse isso quando o marido chegou e se cumprimentaram com um aperto de mão... como ele é marroquino, encantador de serpentes, achei que talvez fosse da cultura dele.
NaLgini e o marido me levaram até a mansão do Mal, fechei a porta, Collorida estava em casa e conversava com Soudemorte. Ela desceu as escadas e viu a nova carta resposta da super amiga NaLgini e começou a gritar e falar palavrões. Eu me preparava para ir tomar banho quando Collorida bate na minha parte, socava na verdade e me chamava de FDP. Abri espantada e ela falava:
Sua fdp já está mancumunada com aquela lá? Eu te pus dentro da minha casa, confiei e é isso que eu ganho, sua fdp!!! Você também quer pôr no meu rabo? Como dizem os ingleses “pôr merda no meu c*?
Eu a olhava assustadíssima, sabia que só podia ser a nova carta de NaLgini, mas o que eu ia fazer? Eu não estava do lado de ninguém e não quis me meter em nada... Olhava assustada pra Collorida, que estava com tudo roxo e fiquei sem ação. Nunca, NUNCA, havia sido tratada daquela forma na vida... foi horrível! E ela perguntava se eu tinha deixado a carta lá porque eu não tinha entregado pra ela, que ela me considerava (sei...) e eu só dizia que não sabia de nada! E ela perguntava se eu não sabia e eu neguei até o fim. O que foi o melhor que fiz, não sabia do que se tratava...  e nem tinha nada com isso.
Collorida foi conversar com o filho na cozinha, gritava como uma louca e eu fui lá. Fui lá falar que não tinha  nada com aquilo que nem sabia do que se tratava e que se era pra arrumar confusão eu não iria me mudar pra casa de NaLgini, que ia procurar outro canto pra mim. E ela falou que deixou a carta lá pra outra e que agora a carta estava lá de volta. E eu falei que sim, que a NaLgini viu a carta, mas que eu não sabia o que ela havia feito.
Collorida se acalmou, o filho e Ad a acalmaram – ela ligou pra Ad – e aí ela veio me dizer que ELA que não queria que eu fosse pra casa de NaLgini agora ela que iria me ajudar a achar um lugar pra morar (estou esperando até hoje), Ad conversou bastante com nós duas por viva-voz e Collorida me pediu desculpas, mas o cristal quebrou... aquilo foi barra pesada demais pra mim e eu só pensava em cada vez mais sair daquele hospício.
Alguns dias depois, Ad foi até a casa do espanto e Collorida contou do que se tratava a carta.
Disse que NaLgini era doida, que cismou que Collorida disse que ela bebeu águas demais no jantar que foram e estava pagando ali por essa água, pois achava que Collorida, quando falou das águas, se falou, sei lá, estava cobrando NaLgini e aí que começou o leva e traz dessa carta que cada uma respondia embaixo com seu português mais lindo que o outro, tão lindo quanto o inglês delas de quem vive aqui há 20 anos e nunca fez esforço pra falar bem.  Collorida pediu a LMBros levasse o tal envelope para doar pra Charity, poderiam ter doado pra mim, fosse quanto fosse, se queriam fazer caridade, eu estava precisando...
Daí as duas começaram a contar sobre a vida de NaLgini, que ela já havia tentado se matar, que fez uma macumba forte para Collorida (do jeito que Collorida contou, parecia digna de coisa de magia negra... só Soudemorte poderia saber... ) no começo, me arrepiei, acreditei... depois, como sabia que  Collorida falava mais que a boca e mais do que a verdade (sim, NaLgini pôs a semente da dúvida em mim) achei tudo absurdo ou forte demais... poderia ser, mas eu só acredito vendo o tal travesseiro com sangue etc...  achei muito fantasioso e outra: eu acredito que essas coisas só “pegam” se você acredita nelas e aí Collorida disse que só queria ajudar NaLgini quando estava me mandando pra casa dela, mas que NaLgini já tinha aprontado várias...
Ainda, Collorida me disse que uma irmã dela lhe aconselhou a rezar sempre e Collorida ainda teve a cara de pau de me dizer: Eu revava sempre, quando parei, NaLgini voltou a me procurar...
Minha vontade era dizer pra ela:  mulher de pouca fé, por que paraste de rezar? Sua imbecil!
Se a magia negra é verdade ou não, se ela rezou pra outra sumir ou não, não sei, sei que não se trata mal as pessoas sabendo que a outra que aprontou tudo é uma louca...
Fiquei muito mais indignada de saber que Collorida ia me mandar pra casa de uma louca desequilibrada  - que já havia sido internada para  tratamento psiquiátrico – e ainda me ofende, me julga e nunca, NUNCA, tentou saber se eu era uma pessoa boa ou não... nunca fez o mínimo esforço e preferiu me acusar e xingar.
Dias depois, Collorida falou que eu poderia ficar na casa dela quanto quisesse, que Soudemorte estava de acordo, mas que eu teria que pagar mais. Pensei, falou... pagar mais para morar com Soudemorte e BocaSujaCollorida, sem internet, sem uma tv pra mim... Vão esperando...
A partir daí, era ponto de honra pra mim achar uma casa o mais rápido possível e sair daquela zona e, de preferência, nunca mais olhar pra cara daqueles seres.
Achei uma casa nos anúncios da Leros, fui ver e tentei mudar o mais rápido possível, só que a menina do quarto iria ficar mais uma semana... quando mais precisei de pessoas para me ajudar, a pelo menos dormir  num sofá de sala uma semana e não ficar mais na casa de Soudemorte, não tive ninguém.
Ad falou de um quarto que estava pra ser alugado perto da casa dela, desce-se na estação de Wimbledon e ainda pegar o tram, mais 5 estações (tram= um bonde moderno, bem legal e rápido). O cara queria 120 num quarto só porque ele tinha banheiro com chuveiro nele - um espanto para quem mora em Londres, praticamente um milagre ter um banheiro seu -, mas 120 LIBRAS POR SEMANA? na pqp de Londres? Porque Wimbledon é chique pra quem pode viver bem (com carro e bom emprego), mas 5 estações de tram, não é mais Wimbledon, é o fim do mundo!!
Vi um lugar que gostei na Leros em West Kensington, quase centro de Londres, quarto com cama de casal por 130 (compare, um quarto em Kensington quase zona 1 londrina e o fim do mundo perto de Wimbledon zona 4 ou 5 já...), mas a própria dona, uma brasileira, me abriu os olhos: gostei de você, alugaria para você, mas pense bem, você ainda não tem emprego, será muito difícil você pagar esse valor por semana, não acha que vai gastar um dinheiro que poderia economizar até se estabilizar e, quem sabe, um dia morar aqui?
Foi uma das poucas pessoas conselheiras que tinha encontrado até esse momento.



Na ponta temos Wimbledon e mais acima West Kensington

O dono da casa onde ia morar me ofereceu um quarto provisório por uma semana em Lewisham e pra lá fui e fiquei uma semana num quarto que
 servia de cozinha para os quitutes que a mulher dele vende. De dia cozinha, de noite, meu quarto, quando eu colocava o colchão no chão. Tudo era melhor do que morar na casa do Horrores e preferi ficar assim nessa uma semana com tv com sky, frigobar e internet.
No sábado quando ia mudar, o meu novo Landlord e eu nos desencontramos nas informações e hoários e ele me pediu pra perguntar a Soudemorte se eu poderia ficar até domingo de manhã, que seria melhor pra ele fazer a minha mudança, o novo Landlord também fazia a mudança.
Muito a contragosto fui falar com Soudemorte que me disse “não tem como ele vir, vai de táxi, chama outra pessoa pra fazer sua mudança, sinto muito”
E contei ao GG (o novo Landlord, depois entenderão o nome) que  ficou indignado, porque se eu entrei na casa num domingo a tarde, eu teria até segunda de manhã para sair, esse é o trato que todos fazem e eu “não ele”.
GG deu jeito e foi me buscar, assim que ele chegou pra mudança, Soudemorte saiu de carro, ele só esperava a hora que eu ia embora pra sair. Detalhe, eu já tinha devolvido a chave pra ele e todas as minhas coisas estavam do lado de fora da casa.
Durante a semana em Lewisham me senti mais leve, mesmo no dia da mudança tendo chorado muito – ver o post sobre os três meses aqui . Mas Collorida me ligou na sexta por conta de uma ligação que fiz que dava quase 20 libras. Eu estava usando um cartão de ligação à distância sacana que me cobrava rios de dinheiro e eu nem sabia e infelizmente nesse dia não tinha créditos no meu celular, esqueci de pôr e fui obrigada a pedir para Soudemorte se eu poderia usar o telefone...
Fui lá pagar a dívida, quando cheguei, acho que ela não achava que eu fosse pagar, ela me tratou com beijos e abraços e LMBros também... nunca tinham sido tão simpáticos comigo... Claro, eu ia pagar,né? Eu fui lá mostrar que não sou da laia deles.
Soudemorte disse pra mim, quando eu ia embora, “Nice to see you!” E eu não respondi absolutamente nada para ele, afinal, pra mim foi um desgosto revê-los. A última coisa que eu queria era revê-los tão cedo... e espero que tenha sido a última vez. Talvez ele tenha pensado que eu não entendi o inglês dele ou não sabia responder, mas eu sabia o que eu queria dizer era “Not for me” mesmo que isso esteja gramaticamente errado.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Os animais de estimação de Soudemorte

Voltando à saga de Menina Potter...

Todo mundo que já leu Harry Potter, conhece Nagini, a cobra de estimação de Voldemort. Soudemorte também tem uma cobra de estimação, NaLgini... é que é próximo ao nome da figura que vou descrever aqui... além de um rato.
E, ele não é um animal de estimação, mas é como se fosse pro verdadeiro Vold, é o cara que ficou mais rato que gente, o Peter Pettigrew que também aparece na  casa às vezes, ou, seu nome verdadeiro é o sobrenome do Bruce Lee, ficou fácil? Então: Leetle Stewart. Ele aparecia na casa de vez enquando, Soudemorte o adorava, porque ele era inglês, Leetle morou no meu quarto também, Collorida me disse que o mandou embora porque ele fumava maconha no quarto... mas todos o tratavam como se ele fosse o Charles ou o William, assim que é bom ser animal de estimação!
A primeira vez que o vi, o achei mesmo com cara de rato. Nesse mesmo dia, NaLgini foi até a casa e também foi quando a conheci.
 A família feliz jantou com seus pets, digo, amigos e eu fiquei no meu quarto e não tinha interesse em saber de nada, não ia ser convidada pra comer mesmo e toda vez que se é convidada, pelo menos lá, é como se fosse um favor que eu deveria depois.
Nalgini me viu e ficou toda amiguinha pro meu lado, veio na casa de novo uns dias depois, quando saiu com Collorida e outra amiga. E Collorida falava pra mim “só trabalho com uma condenada! Preciso me divertir um pouco com minhas amigas, fico aqui só sustentando e aturando esse homem”... que foi junto com elas pra balada brasileira e no outro dia, eu já contei esse caso, Soudemorte não queria pagar a  parte dele nos gastos da balada...
No outro dia, um domingo, estava lá NaLgini e seus Super Gêmeos (desativar)  e a outra amiga lá no caso da divisão da conta. Sai, e na hora que ia sair, NaLgini veio me perguntar “ah, vai sair com os amigos?” e eu, sem pensar muito e falando o que realmente sentia: “Não, vou sair sozinha, não tenho amigos aqui”. Não tinha mesmo... NaLgini me deu um abraço forte, como querendo me consolar e ser super legal, me deu um abraço do tipo da cobra que perseguia o Mogli e saí.
No outro dia, Soudemorte veio falar comigo que NaLgini alugava quartos na casa dela e que eu poderia conversar com ela, Collorida havia pensado nisso. Ele me passou o telefone e falei  com a cobra, digo, mulher. Ela foi toda simpática e me disse que iria no outro dia na casa de Collorida passar umas roupas para ajudá-la e que depois eu poderia ir com ela até sua casa pra conhecer e ver o que eu achava. Aceitei. Tudo para sair da mansão do Mal...
Como combinado, ela esteve lá no outro dia e deixou um bilhete na  cozinha para Collorida, não dei a mínima, eram amigas e fui até o covil, digo, casa, de dona NaLgini.
Encontrei os super gêmeos, Willikit e Willikat (eu sei, é outro desenho, tá bom). A menina bem esperta e inteligente, o menino, um debilóide que não saía de frente da tv e só falava como se estivesse chorando, tinham 12 anos e não 2. No caminho, NaLgini me disse que o filho era cheio de modas e também falou muito mal de Collorida, o que estranhei e preferi ignorar para não me meter em história nenhuma...
O quarto era muito bom, mesmo preço do outro e com cama de casal, só que eu estava quase em Heathrow, acho que lá era zona 5, ainda mais longe do centro... e ela ainda me ofereceu a comida da casa, eu não precisaria comprar nada, ela dizia que adorava cozinhar e que poderia pegar o que fosse na geladeira... e comer o que quisesse. Parecia sonho.
Enquanto conversávamos, uma batida na porta, parecia carta jogada pelo buraquinho da porta, como o correio faz aqui. E ela foi ver e era de Collorida...
Bem, mais no próximo capítulo senão vocês não leem rs (suspense rs)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mais um Reveillon Frustrante...

Vou parar mais uma vez a saga para contar da véspera de Ano Novo.

Passei o Natal em Portugal, na gelada Póvoa, mas cheia de calor humano, torcendo para conseguir chegar em Londres para ver os fogos na London Eye. Mostrei o video do ano passado pra meio mundo, porque achei que veria um espetáculo parecido...

Eu e uma das minhas roommates fomos para lá por volta de quase dez da noite.
Todas as pessoas para as quais perguntávamos diziam que era um bom horário para chegar e tal.
Todo mundo sempre dizia ser maravilhoso, o problema seria andar muito na volta, pois o metrô está aberto, mas não as estações próximas ao local, como iríamos de ônibus já sabia que ia andar para pegar onde ele pararia agora, com as ruas fechadas.

Chegamos e encontramos uma multidão, o ônibus nos deixou na Victoria Station, a partir daí teríamos que andar. as ruas fechadas e andamos junto a uma multidão de turistas, em grande parte, que iam a pé também para a famosa London Eye, que deve ser o outro olho de Londres, não o de cima, acho que já me entenderam...

A cada momento que chegávamos mais perto, ficávamos mais felizes de ver a Abadia de Westminster e o Big Ben e aos poucos enxergávamos a "London Ass"...
Havia uma multidão toda sentada em uma praça que já não era mais praça, parecia um campo de refugiados, gente até sentada na lama.

Não se esqueçam: inverno, frio e não há mais grama, só lama, mas havia gente sentada ali...

Andamos mais e chegamos perto da estação de Westminster, pertinho da ponte que tem o grande visual. Simplesmente chegamos num ponto que não poderíamos mais andar, era um senhor tumulto: caras bêbados que se trombavam com outros no meio da multidão (e nós com medo de apanharmos ali, caso houvesse uma briga), pessoas tentando passar pela gente de qualquer forma sem ter espaço, gente tentando roubarmos - tipo a estação da Sé 6 da tarde, sabe?

Sim! Um aglomerado de uma manada desembestada que não sabia para onde ir e sofrendo por isso.
Levando cotoveladas no seio, passadas de mão na bunda, tentativas de roubo à bolsa que estava rente ao corpo e aí aproveitavam para passar a mão mais um pouco...
Até que conseguimos nos desvencilhar, pensamos em ir para o outro lado, tentar ver da outra ponto, quase na Ponte de Londres e fomos andar para o outro lado, onde fomos barradas por guardas que não queriam que nós passássemos.

Eu era a primeira e não conseguia sair dali, a roommate falava que nossos pais estavam do outro lado e precisávamos passar, e as pessoas nos empurravam para tentar passar pelos guardas e erámos empurradas. Até que os guardas resolveram abrir ali, não dava mais pra conter a multidão, eu já estavam brava e ele me dizia, primeiro que não tinha como passar e eu dizia como eu faria pra voltar com aquela multidão vindo pra cima de mim; daí ele disse, vendo toda aquela pressão de gente que iriam abrir em um segundo e eu:
ok, one, two, three, four...
ele olhou bravo pra mim, pensei que ia acabar na cadeia rs - seria um passeio diferente conhecer uma cadeia londrina... e os caras abriram e pudemos passar...
Começamos a ficar chocadas com a multidão que ia e vinha sem motivo aparente, tentando achar um lugar para vermos a tal queima de fogos. No caminho, mais um bloqueio, a multidão gritava e berrava, vaiava a polícia que estava em seus cavalos: quem estava de um lado não passava para o outro e começamos a nos revoltar.
Fizemos o caminho de volta e tentamos novamente passar pela ponte principal de Westminster e para nossa surpresa, depois de novas passadas de mãos e tentativas de roubo: havia uma espécie de parede de latão separando todo mundo. Quem chegou 6 da manhã pegou lugar, vocês ficam de fora.
Achei aquilo o cú --- mulo! Onde está a tal democracia que eles são tão fãs e onde está a informação de que se você não chega cedo já era? Onde está informação "ponto fechada para conter a multidão"?
Nenhuma informação, nenhum luminoso, apenas plaquinhas minúsculas dizendo locais para se ver os fogos.

Voltamos para a praça dos refugiados e constatamos que havia mais gente doida que nós: mulheres com carrinhos de bebês (alguns com duplos), gente de cadeira de roda, bebê no colo, criança amarrada pela mão para não se perder dos pais... bando de loucos! Aquilo não é lugar nem pra gente normal, quanto mais para crianças, bebês e cadeirantes...

Muita, mas muuuuuuuuuuuuuuuuita gente bêbada!
Turista bêbado, turista tentando tirar foto de qualquer jeito e com sorriso mesmo no meio daquele London Asshole... inconformável...

Na praça de refugiados percebemos que não íamos ver absolutamente nada, nem dava pra ver a London Asshole, decidimos voltar e vermos quase perto da Victoria Station porquet tínhamos, de lá, uma visãozinha do meio do ass.
E nos deparamos com nova parede de latão fechando tudo!!!!!
Entramos em pânico: iríamos ficar trancafiadas ali, no meio da democraciazinha londoners.
Uns caras pediram para passar, não sei o que disseram aos guardas e aproveitamos e saímos também, não sabíamos o que iria acontecer ali... e tinha muito espaço ainda por lá.

Voltamos e resolvemos acompanhar a multidão que ia para outra ponte, acredito que a de Vauxhall, que estava totalmente lotada e não dava também para enxergar nada... ficamos procurando um lugar para olhar "o espetáculo" e não achávamos um que desse para ver a roda gigante, cabeças e mais cabeças de orks - como eu já chamava no Brasil os altos que ficam na frente dos baixinhos sem ter o mínimo simancol - e alguns orks com chapeuzinhos ridículos na cabeça para atrapalhar mais um pouco.
Finalmente, achamos um lugar que era o muro do parque da dona Victoria. E, entre as árvores, víamos o big ass, víamos entre galhos algo colorido.

Do nosso lado, havia mais uma muralha de latão de Londres, o povo, inconformado, tentava pular, abrir, gritar, brigar com os policiais para passar...
Até que conseguiram abrir e vimos a multidão correndo para entrar: novamente a manada atropelando tudo e todos, a cena mais chocante foi um homem levando uma senhora de cadeira de rodas e todos tentando passar por cima, quase pisotearam a senhora, totalmente tudo descontrolado, horrível, desconcertante, horroso, desorganizado e muito democrático.

Ficamos atônitas com a cena, foi realmente chocante e eu quase pensei em entrar com a multidão, até ver a cena da mulher de cadeira de rodas.

Vi gente rindo da situação toda e fiquei ainda mais chocada, uma mulher que parecia latina, com o filhinho de uns 3 anos e o marido riam da cena, estavam encostados no tal muro das lamentações da Victoria e eu peguei um cantinho ali, entre eles e uma família francesa muito da mal educada que tentava me tirar dali.
O pai francês me empurrava a todo momento e acho que queria dar espaço para as filhas ficarem ali... imagina se eu ia dar esse gosto pra eles, minha vontade era virar para eles e falar: base toi! (bem, foi assim que me ensinaram rs)

Esperamos, faltava por volta de minutos para o ano novo, dez minutos que pareciam um século entre empurrões dos delicados e educados franceses e a cara de tonta boca aberta da latina com o filhinho quase o jogando pelo muro para ver o nada... sim, acho que foram ali para matar o menino... bando de loucos...
Até que escutamos o povo gritar e começou a queima de fogos...
Que queima de fogos? Vi aquele rabisco pelo tronco das árvores e ainda tinha galho nos atrapalhando.
O francês abriu uma champagnhe com a família, todos felizes e ainda cumprimentaram o guarda...

Eu e a roommate tão cansadas e frustradas só depois nos tocamos de dar Feliz Ano Novo...

Decepcionadas fomos para casa, andamos até encontrar um ponto de ônibus que funcionasse... faltando três pontos para chegarmos em casa... mortas de cansadas de tanto andar, talvez uns 3 kilômetros, não sei, deu 2.2 em milhas, só o pedaço de voltar para casa, sem contar o vai e volta que fizemos para achar um canto para ver a tal London Asshole...

Passando por um monte de turista ainda tirando fotos, bêbados gritando "Happy New Year!" e eu respondendo: "Happy New Liver!", a maioria com garrafas na mão, andando em bandos cantando pelo caminho, jogando garrafa pelo caminho e tiozinho aproveitando e vendendo um hot dog dos mais feios por 4 libras, mais caro que um meal do Big Mac (que custa  2,50 ou 3 libras aqui).

Chegamos por volta de 3 em casa, acabadas, cansadas e decepcionadas... espero que o  resto do ano não seja assim, mas já me fez tomar a iniciativa: final do ano Brasil-sil-sil!!!
Se é pra passar mico no ano novo que seja em casa vendo pela tv em Copacabana...

belíssima foto! a melhor que tirei no meio dos galhos

London Eye Ass Fireworks Nunca Mais!
Só se for de barquinho pelo Tâmisa rs

No outro dia, a menina quis que eu visse no site da BBC o "espetáculo" que foi lindo com 250 mil pessoas... vi a contragosto, cada vez mais decepcionada...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Balanço de 2010 - 2 : a missão

No final, nem falei qual é o meu balanço do ano que terminou.
Acredito que tenha sido um ano muito bom para mim, mesmo falando de todas aquelas coisas que me chatearam no post abaixo.

2010 sempre será "o ano que fui morar em Londres", o ano que deixei uma vida cômoda e infeliz em vários aspectos e fui tentar outras coisas, outros voos, que nem sempre podemos dizer que foram os melhores, mas com esse aqui eu estou aprendendo demais, talvez mais do que eu quisesse.

Talvez seja uma lição de vida morar sozinha num país estranho - mesmo que seja um país que eu desejava muito conhecer - você aprende a se virar, a fazer comida e aguentar a fome que bate, a dar valor ao que deixou pra trás, aprende a lavar roupa, a fingir que não vê muita coisa para poder viver com certa paz, limpar casa dos outros, a sufocar o choro porque não tem com quem contar.
Aprende a contar consigo e ter confiança em si.
Se não aprender esse último, volte correndo para o Brasil, pois morar fora, trabalhar, estudar e pagar as contas não é para qualquer um.

2010 foi o ano da minha virada que saí do marasmo e desmotivação educacional de professorinha sofredora da rede pública estadual e fui ver o que a Europa tem.
Tem uma vida dura para quem não domina totalmente a língua estrangeira, mas que só com persistência e perseverança eu poderei conseguir algo para que 2010 realmente seja o ano que consegui pôr em prática planos de vida e que, por conta deles, colhi os frutos desse plantio tão amargo.
Plantio amargo de uma colheita doce, eu espero.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Balanço de 2010

Todo mundo que me acompanha desde o Perplexões já sabe que eu sempre faço uma reflexão sobre o ano que termina.

Esse ano foi um ano atípico, não só por conta da minha viagem aqui para Londres, mas também houve coisas que mexeram muito comigo... talvez também por conta da viagem... na verdade, talvez a viagem tenha feito mais modificações em mim do que eu estou pensando...

O ano começou cheio de planos e que eu quase desisti deles por conta de um ex.

É engraçado, eu desistiria de tudo por ele e teria mesmo feito isso, só que é aquela história "não dê preferência para quem te faz de opção" e, realmente, eu não era tão importante na vida dele, não mesmo. Afinal, ele passou anos só falando, e nunca fazendo, nunca teve um gesto realmente de que eu era o que ele tanto dizia, era só falação.  Falar é tão fácil... e como diz a música "palavras, apenas palavras, ao vento".
E pra coroar ele ainda editou um e-mail meu para poder me responder mal, para poder me chamar depois de tantos anos de compreensão, de egoísta e rancorosa. Eu posso ter sempre dito coisas a ele, falado um monte, mas nunca, NUNCA eu disse uma palavra inventada, nunca precisei modificar frases dele para ter razão. E isso eu realmente não aceito. Não tem volta.

Foi uma parte do ano totalmente frustrante... eu quase desisti de tudo por uma pessoa que nunca fez um esforço realmente para ficar comigo... sempre choramingando por meu amor, mais nada. E ainda foi agressivo ao tentar ter razão, sem ter e editando um e-mail. Isso eu nunca vou poder perdoar, foi sujo, foi baixo.

Depois, com a tristeza e a revolta, resolvi ter um revival com outro ex - o preferido, aquele que guardo muitas recordações maravilhosas - e me senti perfeita, me senti muito, muito bem, mas era só um one night stand... infelizmente para mim não foi... mas tinha que aceitar que não dava para ser mais que isso... por questões minhas e dele e que não era o momento para mais nada, mas fiquei realmente feliz e plena.
Como se tudo o que um me pôs pra baixo o outro vez o inverso e me pôs lá em cima... a mulher mais feliz do mundo... mesmo que isso tenha sido apenas um final de semana.

Fui embora do Brasil sentido que tinha deixado muitas coisas importantes para trás, não só esse rapaz, como a família e os amigos.
No dia da ida disse que voltava, e não mudei de ideia até hoje.

Claro, toda escolha tem uma consequência e eu arco todos os dias com ela. E quem lê aqui sabe o que tenho me passado e ainda vai saber muito mais... tem muito ainda pra ser falado...

O que eu sei com certeza é que não dá pra voltar agora para o Brasil: de mãos abanando. Gastei todas as minhas economias, sofro como uma condenada de saudade de todos (menos do trabalho), fico cada dia mais racista (em todos os sentidos) por conta de coisas que vejo e me irritam - eu nunca estou satisfeita (I can't get enough) e sei que tem outras coisas (como o transporte público e as coisas de marca a preço de banana em libra) que eu sentirei falta e por tudo isso não posso voltar de mãos abanando.
Não adianta passar por tudo isso e voltar sem nada, eu tenho que ganhar algo com tudo isso. NÃO só experiência e minha meta para 2011 é estudar como uma louca para um certificado Cambridge e viajar muito por essas bandas, estou aqui e não posso perder essa oportunidade...

... E depois...
Brasil!

Gostaria muito de juntar dinheiro e chegar no Brasil e comprar um apê pra mim, mas acho isso, no momento, quase impossível, se juntar dinheiro pra viajar e estudar, estará ótimo!

E já digo pra vocês: dividir quarto é o /cu !!!