segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Artistas brasileiros fora do país

Depois de ouvir alguns comentários sobre um tipo que dizem ser cantor e que estaria fazendo sucesso no exterior e indo fazer shows em Nova Iorque, como se fosse a mais nova comoção mundial. Resolvi contar o que sei sobre esses shows, pelo menos o que descobri sobre isso morando em Londres. Acho que comentei algo sobre isso, mas não lembro se aqui no blog...

Aqui no Brasil são vendidos como "fulano está pondo todo mundo pra dançar com sua música,  na Europa e Estados Unidos".
Isso se chama marketing e não é verdade.

Tirando grandes artistas brasileiros, realmente consagrados, os demais não fazem nenhum sucesso fora de um boteco brasileiro cheio de ilegais que vivem em outro país, mas sem se desvencilhar um segundo de ser brasileiro. Em nenhum momento aproveitam para conhecer a cultura do país onde estão e assim entender, ao invés de tachar disso ou daquilo como sempre fazem, ou seja: ganham em Libra e falam mal de tudo da cultura de quem o abriga, legal ou ilegalmente (o que é beeem pior).

Não lembro se na postagem da Jerusaleme, uma das brasileiras da escolinha, se contei como ela vive o Brasil através de seu laptop: acompanha novelas e os novos sucessos populares (e quando digo popular, eu digo povão mesmo). Quando ela via no meu Facebook que eu tinha ido no show do Pulp, por exemplo, ou qualquer um dos shows que fui ela dizia: mas quem eram aqueles? Nunca ouvi falar!
Bem, acho que um Hyde Park lotado não quer dizer que o Pulp seja uma banda desconhecida na Inglaterra... (cheguei a ouvir a música deles e de outros no supermercado...)
Era sempre a mesma irritação que sentia, como se eu ainda estivesse no Brasil tendo que explicar que banda toca o quê. Mas eu não me explicava, só constatava: bem, o lugar estava cheio, não sou só eu que conheço, você ouve a BBC 2 ou assiste aos programas daqui? Claro que não, nem TVs eles costumam ter, se tem é pra ver a Record que é aberta, só se precisa de uma parabólica em casa pra assistir ou a Globo que aí você tem que assinar a TV paga mas, como bons brasileiros, faziam gato.

Sempre havia alguns bares já conhecidos dos brasileiros e casa noturnas especializadas neles e eram nesses locais bem peculiares que artistas brasileiros se apresentam. Como eu disse, tirando um Gilberto Gil, por exemplo, que vi cartazes do show em Barcelona em vários locais.

Os demais artistas que viram sensação aqui vão a estes locais, totalmente lotado de brasileiros que matam saudade da música ruim do Brasil ali.
Uma revista para brasileiros chegou a fazer uma reportagem de quanto artistas pagam para fazer show nesses locais. Sim! Pagam para fazerem shows na Europa e Estados Unidos para dizerem no Brasil que estão fazendo sucesso no exterior!
Não lembro mais da reportagem agora, mas donos dos locais abriam o jogo e diziam que além de render não pagando show, rendia casa lotada.

Então, quando virem falar de fulano que é sucesso no exterior, não acreditem nesses golpes de programas de TV de que fulano é sucesso em Londres, Roma, Paris, Berlim, Nova Iorque e Miami... é tudo jogo de marketing para que o artista fique como a maior sensação da música brasileira lá fora e só fizeram show para uns poucos ilegais que não tinham o que fazer ($$$) naquela noite e acharam que viram a melhor coisa que a cultura brasileira poderia estar exportando.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

A volta pro Brasil da Roommate

Em abril de 2011 a Roommate voltou pro Brasil, chegou no dia de Páscoa a Sampa, mas o sábado de Aleluia não foi nenhum pouco simples e aprendi uma coisa: toda volta de brasileiro é cheia de aventuras... como já contei a volta de um casal aqui e como vou contar um dia a minha volta...

Ela tinha uma outra amiga, que foi de quem comprei a casa da Puffy Shirt e da Botocada, esta amiga tinha ido embora fazia umas duas semanas, mais ou menos, pro Brasil também e pediu para a Roommate se poderia, por favor, levar uma das duas malas que ela havia deixado em  Londres porque não teve como levar. Roommate, toda simpática, disse que levava todas, imagina! Claro, era um prazer! Só que teria que buscar em Stockwell, pertinho de Elephant & Castle se você está motorizada. Foi o caso, Roommate alugou um carro para levá-la até o aeroporto, porque ela também tinha duas malas bem cheias com um pequeno presente que mandava pra minha mãe, de Dia das Mães, e uma boa leva de coisas que a Marciana pediu para que ela levasse para a família dela (Marciana ajudou a pagar o carro), fora as coisas que ela comprou pros outros: pro filho da amiga milhões de roupinhas de criança, para as irmãs e quem mais quisesse um monte de perfumes e Victoria Secret que achamos um lugar perto de casa super barato e ela pretendia vender quando chegasse em Sampa. Daí a mala dela já estava abarrotada e disse:
- Vou pôr um pouco dessas coisas na mala da fulana pra equilibrar minha mala!

Decidi ir com ela me despedir e ajudar a carregar as coisas, fazer companhia antes do voo. 

Chegamos em Stockwell e dois amigos da fulana vieram trazer as malas, eram 3 malas na verdade que a fulana disse que pagaria pra Roommate se passasse do permitido. E eram 3 malas beeeeem cheias! Quando chegamos, ficamos sabendo que só podem 4 por pessoa, mais que isso ficaria bem caro... e outra:como carregar tanta coisa?
A Roommate ficou desolada, não sabia o que fazer e aquele tempo de ter chegado cedo ao aeroporto seria pra decidir o que fazer...

Daí ela abriu as malas da fulana e ficou irritada: um monte de tranqueiras que a fulana não conseguiu levar quando foi embora: shampoos, cremes e até enfeites de Natal! aqueles de pôr em porta...

E aí começaram as tentativas de tirar coisas e colocar outras nas malas e ir toda hora pesar na balança que o aeroporto disponibiliza... nunca vi isso em Guarulhos que me lembre, mas em Heathrow tem balanças para pesar as malas, das grandes, claro.
E foi um tal de ir e voltar pesando malas sem fim... até que ela decidiu que coisas não iam... tinha até biscoito de chocolate em palito - sabe aqueles palito que colocam no sorvete? tipo aqueles - e Roommate estava tão aborrecida que abriu o pacote e começou a comer e eu também rs

Daí ela decidiu que só levaria o que era roupa ou coisa mais importante da fulana, como ela ia levar uma malinha de bordo, deixou comigo pq não conseguiria levar e as coisas não iam pro lixo, tipo shampoo da Tresemmé que nem era vendido ainda no Brasil... e, nem as coisas da dona Marciana... e eu que iria trazer de volta...
Fui com a malinha de volta com shampoo, cremes, bagulhos e mais bagulhos sem importância pra mim, pra ver se serviam pra alguma coisa e as roupas dos filhos da Marciana de volta a Elefante Castro...

Depois de montadas as malas, já em cima da hora do voo, fomos pra fila e nos despedimos. Ela não via a hora de voltar ao Brasil, estava ansiosa e eu fiquei sozinha com a malinha e tendo que aguentar viver com Marciana e Bruxa do Centro Oeste...

No outro quarto já não estava mais o casal polonês, já era um pai e sua filha que se diziam argentinos, mas de argentinos não tinham nada, o pai tinha morado na Espanha e conseguido cidadania e assim trazido a filha que morava com a avó na Argentina. Estavam lá fazia pouco e aquela bandeira do casamento da Kate e do William foram eles que colocaram na sacada - acho que coloquei a foto aqui, se não pus, viram no Fb...

Voltando, quando cheguei e tive que devolver as coisas para a Marciana ela ficou looooouca de raiva! Ficou brava e queria descontar em mim, mas o que eu poderia fazer? Quem ia viajar não era eu, o que mandei para minha mãe era super pouco, nem dava tanto peso. Ela ficou falando um monte e eu devolvi o dinheiro do carro para ela que a Roommate deixou comigo. Ficou mais calma, mas brava do mesmo jeito porque o filho estava esperando as roupas da Adidas e as filhas esperando perfumes caros que a camelona comprou com o suor das banhas e os filhos iam se esbaldar no Brasil... ficaram sem.

Eu não podia fazer nada e nem queria, queria não ter que enfrentar as reclamações da Marciana por uma coisa que outra pessoa fez, mas naquele momento eu percebi que aprendi uma coisa importante pra mim: chegar cedo no aeroporto e nunca levar nada dos outros se não tiver como levar as minhas coisas em primeiro lugar!
Sobre a menina da mala, antes que falem que ela fez o mesmo, ela tinha vindo só com uma mala e voltaria com duas talvez, eu pedi pra levar só uma e meu irmão buscaria ela até no aeroporto e a deixaria em casa só pra pegar minha mala... não é a mesma coisa, hein!



domingo, 7 de fevereiro de 2016

A noite londrina e um pouquinho de compras

Disse uma vez que saía todo final de semana com a Roommate, como não tínhamos casa e nada melhor do que não olhar para cara de uma bruxa e uma marciana do que ir pra balada, né?

Fachada
Dentro
Não fomos grandes baladeiras, não, só um pouco, sempre íamos a lugares novos e diferentes como Convent Garden que recomendo muitíssimo. 




É um local em que você tem artes de rua, feira de artesanato, comidas de vários tipos e pubs pela região, todos diversificados e muito legais.
Você pode ficar vendo algum artista na praça (a todo momento tem algo novo), pode ver coisas diferentes para comprar (se tiver dinheiro), docinhos (yummy!) tudo a céu aberto. Também tem uma parte com restaurantes entre outras coisas que é fechado, além de ser do lado da Royal Opera House e do Museu dos Transportes Britânico (que é pago e não fui).

Região da vida noturna londrina - sem Camden Town


Não fui só com a Roommate pra balada, saí também com o pessoal da escola e com a Santa do.DP (do Pau Duro) que vocês AINDA não conhecem... porque vou falar só das baladas, ela entra em maio de 2011 nessa história e eu ainda estou em começo de abril, aguentem firme!!!!
O apelido da figura já deu pra deixar vocês com muita curiosidade e também dar uma ideia de como essazinha seja...

 Voltando, nessas regiões de Mayfair e Soho é onde se concentram a maior parte das baladas noturnas da cidade, por ficarem perto da parte histórica e turística da cidade.
Joan Travolta rs
Temos aí no mapa a região da Oxford e da Picadilly que é muito conhecida pela parte de compras, o dia todo, principalmente aos finais de semana, muito turista comprando de tudo, uma loucura! Um Brás meio elitizado porque elitizado mesmo você terá que ir até a HighStreet Kensington e encontrará a Harrods, lojas de Ferrari, da MacLaren e todas as marcas phiníssimas de roupas... neste mapa não aparece, ficaria mais para a esquerda da tela. 

Nesta região fui a alguns pubs que tinham música ao vivo com bandas que eram muito boas. 
Um pub famoso é o O'Neills que tem uma franquia pela cidade. 
Um lugar que vai muito turista é o Tigertiger, um lugar com 3 ou 4 ambientes muito legal, tem para todos os gostos e é onde tirei essa foto com minha exceção das bebidas alcóolicas, claro, a Guinnes!!


Na Picadilly
 A Leicester Square é famosa pela praça de cinemas  (onde tem uma espécie de calçada da fama), também tem restaurantes fast foods e de outra nacionalidades e a maior parte dos teatros com os musicais.

Na Trafalgar Square, que não marquei no mapa, mas fica ali, abaixo da Leicester Square, na National
Gallery que é um lugar muito famoso do pessoal tirando foto com os leões da praça, é um local movimentado de festas nacionais. Como Londres é uma cidade extremamente cosmopolita, sempre há festas ali para alguma nação como a festa de Saint Patrick é lá!


Trafalgar Square tomada pelos duendes rs

Mais ao norte, teremos Camden Town que se eu ganhar na mega-sena vou ser vizinha do Graham Coxon e morar lá e todo dia que ele me cumprimentar, vou virar a cara como ele fez comigo... vou sim!
Acho que já disse aqui, acho, que Camden Town é o lugar mais legal de Londres, pra mim, toda a vida roqueira aparece por lá (além dos pubs com música e locais de música): comida exótica, roupas diferentes, adereços diferentes, tudo é Camden Town... amo!

No mapa aí do lado pus onde Camden Town fica, pra lá de Convent Garden e marquei ao lado o Barbican Centre que é meio longinho, mas é uma espécie de centro cultural muuuito legal que tem de tudo e  onde vi o show do Ron Sexsmith.

Temos aí o rio Tâmisa, vamos atravessar para o outro lado, e lá temos o Walkabout que tem franquias é conhecido por ser uma balada australiana, é o que diziam, mas não sei se é mesmo. Assim como temos The Church a balada mais polêmica de Londres, a polêmica já começa no horário: começa meio dia de domingo e vai até umas 5 da tarde, só!
Não, não é uma matinê, vai além da matinê, além da música boa, pode ter banda, mas a polêmica vem no quesito ginganas e só vai quem quer.
Além de fotografarem e pôr no telão o que alguns andam aprontando com frases bem baixo nível...
Sério! Londres tem algo de baixo nível e não só aquele lado todo discreto...

convenção de Smurfs
Tentando ser cool com uma Foster
Primeiro, você tem que ir fantasiado, ou quase isso. É inglês quando vai fantasiado vai de casa, não como brasileiro que tem vergonha e se fantasia na hora... então, você vê na rua de tudo, até estátuas romanas com algo cobrindo, claro rs Mas lá dentro durante a música tem as tais gicanas, me disseram, o povo da escola, que chegaram a fazer campeonato de quem tem o bilau maior no palco - não cheguei a ver isso, só quem perdia tinha que tirar a camiseta e muita menina ficou lá sem blusa... pra homem é facinho...
Só que como sempre tem algum brasileiro pra chamar a atenção, né?
Claro... estava com o povo da escola na Church e a amiga goiana de uma delas que já comentei que é total sem noção. Daí, no final o povo poderia dançar no palco e umas meninas já foram tirando a blusa e passando uma espuma de festa nos mamilos, super baixaria e logo sacamos pelo rebolado que a menina que mais se apareceu ali era brasileira.
Você reconhece uma brasileira rebolando em qualquer lugar e o mais engraçado é que a gente sempre sabe quando encontra um brasileiro pela frente... é muito engraçado como percebemos na hora...
Então, ela rebolava sem parar e os cara filmavam com celular e pensávamos e se mandarem pra família dela no Brasil, hein? No que daria...
Dito e feito! Na hora de ir embora fomos buscar nossos casacos e encontramos a mais reboladeira na fila, a goiana já foi falando: você é brasileira, né? reconhecemos na hora! E a mulher foi ficando branca, assustada mesmo... e eu me pergunto: uma cidade tão cheia de brasileiros e ela não imaginou que ia encontrar um ali? Ou pior: um bando ali?

Acho que foram essas a maiores baladas que fui em Londres, quando a nova personagem da trama entrar, falarei mais do Walkabout porque aconteceu algo chato lá e Camden voltará também.