sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Roommate do Bem

Ainda não contei sobre ela, né?

Bem, a Roommate foi uma das poucas pessoas que me dei bem em Londres. Brasileira com cidadania europeia como eu, dividimos a mesma beliche: como ela chegou primeiro, pegou a cama debaixo e eu a de cima... eu não era a única que sofria dormindo no mesmo teto com dona Bruxa do Centro-Oeste... sim, éramos 3 pessoas pagando 50 libras por semana pelo nosso pedacinho do chiqueiro...

Como ela era um pouco mais nova que eu e estava lá já há uns 6 meses pelo menos, já tinha alguns amigos por lá, ficado com alguns estrangeiros (coisa que a Marciana tinha grande curiosidade em saber... ela, a santa... perguntou uma vez se era melhor o italiano que o brasileiro... Roommate desconversou e só disse: é diferente).
Ela já conhecia a cidade melhor que eu, saía e comecei a ter finais de semana mais animados indo a pubs e casas noturnas, conhecendo a noite londrina. Um grande passo, não?

Nos conhecemos quando voltei do Natal em Portugal, e passei aquele ano novo de frente pra London Eye, super empolgante! Ela estava comigo naquele dia digno de lembrança...

Ela tinha dois empregos, teve sorte de ter subido de cargo na empresa de clean que trabalhava: ela era monitora de limpeza durante o dia (aquela pessoa que passa o dia limpando, checando tudo no escritório - nos andares, sabe? bem, eu fiz isso também e conto direitinho quando chegar a hora...) e à noite limpava outro escritório perto do meu, só que saía mais cedo desse - era de 2 horas e o meu de 3h. Trabalhávamos perto da Victoria Station, uma espécie de região como o centro antigo de São Paulo, a República: centrão cheio de prédios de escritórios. O meu era do TfL (Transport for London) - o Império do Fado perto da Scotland Yard -  o dela era um local que alugava escritórios para vários ramos diferentes, bem diversificado.
Um cara que foi embora largou até um livro que ela pegou pra mim, imaginou que eu iria gostar:



E gostei! Parece que eu nunca deixo transparecer meu gosto musical... rs

Tínhamos os finais de semana vazios a serem preenchidos, ela, como já estava em Londres a mais tempo, já tinha aprendido isso: preencha seu final de semana porque ficar num quarto em que a única coisa sua são suas coisas e a cama que paga é muito deprê!

Um dos primeiros finais de semana que saímos, precisei, antes, ir até à casa do GG para buscar correspondência, ainda não tinha mudado o endereço do emprego, por exemplo, e meu holerite estava lá.
Encontrei Pureza acabada fazendo salgados e bolos pra festas... ela nos olhou, arrumadas, com uma cara de "que sorte a sua!".
Roommate comentou comigo que achou a menina acabada - apesar de ser mais nova que nós duas - e que isso não era vida pra um sábado à noite.

Pensei muito depois na Pureza, coitada, ela saiu do interior de Minas para não viver a mando da mãe num salão de cabeleireiros e estava agora, a mando do GG em Londres, dentro de uma pequena cozinha, suada, cansada. Porque, estava na cara que ela era ilegal lá, GG era casado (ou foi) com uma italiana (ou brasileira com a cidadania) pra ter cidadania e estar lá, alugando casas (dos outros...).
Fiquei pensando que não via vantagem na vida que ela levava, a não ser ter um IPhone rs

Voltando a Roommate,  a partir dali, não tive mais finais de semanas vazios, só os que não saímos juntas por falta de dinheiro ou outras coisas, mas ainda assim andávamos por locais próximos. Como ir a lojas de departamento em Brixton (que era perto) e pegámos a raspa do tacho do Boxing Day. Em Brixton também há muitas lojinhas "internacionais" com opções de se poder comprar coisas de imigrantes dos mais variados lugares. Nosso preferido?
Claro, o loja e açougue português! Tinha coisas brasileiras também, como ovo de páscoa rs

Apesar da fama de Brixton nos anos de 1980 com a música do Clash, muita gente que não viveu essa época em Londres, porque chegou depois, ainda era influenciada pela fama de outros tempos e cheguei a ouvir coisas do tipo, imagina se não foi a Marciana rsrs: Brixton é bairro de pretos!
Não sei se já tinha dito isso, mas há um preconceito, por brasileiros, de quem mora em Brixton ou no norte da cidade, imagina quando morei em Dalston, cabelos em pé por ser no norte/nordeste da cidade...
E isso porque era perto de um lugar super badalado: Shoreditch, no bairro de Hackney (berço dos descolados e artistas de rua, Madonna morava por lá, na época casada com Guy Ritchie).

Então, voltando novamente, conheci muitos lugares que não conhecia na cidade e aprendi a não ficar em casa nenhum fim de semana! Eu tinha que aproveitar tudo que Londres tinha, já que a vontade de ir embora de lá era grande, mas precisava pelo menos passar no FCE e até lá, era preciso de válvulas de escapes como o lindo Convent Garden (merece ser visitado!) e seus artistas de vários estilos, artesãos e doces rs
Os pubs da cidade, também comecei a conhecer, apesar de não beber, de vez enquando bebia meia pint (rsrsrs) de Guinness que é a única exceção na minha vida de abstêmica. Os pubs da região da Picadilly, da Leicester Square, do Soho...  Mayfair... nada como a Mayfair...

E aí começou minha insegurança: achando a maior gorda da cidade, ia aos lugares sempre achando que todos os olhares era pra Roommate, não pra mim. Na verdade, minha estima não existia - se é que um dia ela existiu... - e RM (Roommate, mais fácil, né?) é uma pessoa desinibidade, simpática, que realmente chamava a atenção pela extroversão - mas eu só via a linda, magra e alta. Comecei a sair e ficar deprimida, os rapazes não me dava a mínima (mas eles nunca dão, na verdade, o inglês NUNCA chega em você se não estiver extremamente chapado e nesse caso seriam uns 2 barris de Guinness).

Conversava sobre isso com a minha prof de inglês  (que ainda não foi comentada aqui) e ela não me ajudava a me sentir bem, só a me deixar mais pra baixo, porque a prof  se achava a última bolacha do pacote e queria que eu lesse O Segredo...

Íamos nas festas nacionais que rolavam na Trafalgar Square (como a de Saint Patrick) que eram muito legais, íamos a clubes noturnos, como o Tiger Tiger (cheio de brasileiros fingido serem gringos) e eu ri, conversava, mas sempre reparava no cara que vinha falar com ela (não, não eram ingleses). Um chegou a dar o telefone dele na rua... e ela não quis saber, me disse que sabia que era fria e eu me sentindo péssima com tanto assédio e eu nada...
Às vezes eu não queria sair: sair pra quê se ninguém nota que eu existo? Mas eu ia, era pior ficar com a Marciana falando mal dos filhos e a Bruxa fazendo comida pra semana toda.

Hoje eu tenho consciência de que era um problema meu e que a RM me ajudava bastante, porque conversava com ela, inclusive do caso da Fofona me perseguindo e se ainda gostava do meu ex. Era a única pessoa com quem podia realmente contar, mas eu estava muito pra baixo pra perceber isso, senão, teria aproveitado mais.

domingo, 27 de abril de 2014

Sobre a Puffy Shirt

De onde tirei o nome, acabei esquecendo de comentar...


sábado, 26 de abril de 2014

A Puffy Shirt

Como comentei várias vezes, ainda procurava mais um emprego que me garantisse dinheiro para sair da casa da Marciana, precisava ganhar mais pra pagar algum lugar mais decente e, de preferência, sem dividir quarto...

Uma amiga da minha Roommate, que estava voltando pro Brasil, estava vendendo as casas dela e Roommate me ligou perguntando se eu não queria duas casas que essa amiga vendia, uma casa de dois dias e outra penas um. O pagamento total era de 200 libras - o que a menina fazia durante o mês nessas casas.
Fiquei na dúvida, mas precisava arriscar e aceitei.
A menina que era a cleaner das casas ia viajar e quando voltasse, eu pagaria para ela.
Não me levou na casas para conhecer e ver como seria o trabalho - como a maioria faz - apenas me deu os celulares e mandei mensagem para as donas.

A botocada vocês já conhecem o caso. Durou uma semana, perdi o dinheiro com essa...

Puffy Shirt eu nunca falei dela aqui, só no Twitter. Fiquei na casa dela até ir embora de Londres, quer dizer, até começar a viajar (tem que ter algo de bom, né?) em outubro.

Ela queria que a casa dela fosse sempre limpa às sextas-feiras, porque ela queria que a casa estivesse limpa no final de semana, fui até à casa dela num dia à noite para conhecê-la e ela me dar a chave da casa - claro, conhecer com o marido do lado como sempre fazem, por precaução.

Como fui depois que saí do Império, cheguei tarde em casa e não havia contado nada para a Marciana - que nunca soube que trabalhei nessas casas nem o que aconteceu com a italiana - e como sempre chegava por volta das 9 da noite, Marciana me liga no meu celular para saber se estou bem (isso por volta de umas 10:30), na verdade, só para xeretar e controlar a vida dos inquilinos, já que os filhos dela ela não poderia controlar...

Acertei de ficar na casa, eram só duas horas na sexta, a casa não era grande, mas casa velha, com sala e quartos com pisos daqueles de madeira, de ripas, com buracos  (que, sim, eu me aproveitava e jogava a poeira lá porque não dava tempo de ser de outro jeito), uma cozinha que se caía qualquer coisa no chão, digamos, sábado à noite, só seria limpo por mim na sexta que vem.; um quarto de hóspedes, mas que Puffy usava como closet e um pequeno banheiro, corredor da parte da cozinha e o quarto de hóspedes com carpete pra me ajudar.
E, claro: tinha que passar roupa! Tudo isso em DUAS horas numa sexta-feira.

Nos primeiros dias, para mostrar serviço, fiz muito mais que duas horas, para dar aquela limpezona ou a tal "spring clean" deles: a origem da palavra é que o povo esperava a primavera para limpar a casa - o que mesmo com aquecedores em casa e um monte de produtos de limpeza, ainda fazem hoje, ou não rs...

Ela sempre me deixava uma folha de caderno de coisas para fazer, chegava e lá estava a lista.
Do tipo:
Faça
- tire a capa do edredon da cama e a roupa de cama e ponha na máquina no programa 4, o sabão tem que se o que está debaixo da pia e não é o azul, é o rosa; pegue a roupa que está seca no varalzinho da cozinha e coloque a roupa limpa na cama; (esse ela pedia toda semana e eu já sabia de cor, como se eu fosse uma débil mental e não entendesse que toda semana era pra ser, além de cleaner, arrumadeira de hotel e trocar aquele edredon fedido e sujo e colocar a roupa de cama que foi lavada na semana passada: sim, ela só tinha duas roupas de cama, a que eu lavava essa semana e a que eu tinha lavado semana passada);
Entre a cama dela e o colchão, ou no chão debaixo da cama também havia a mesma prática da porcona patroa da marciana: papéis higiênicos jogados, que eu pegava com o hoover (aspirador)...

- tire o pó e varra a sala;

- mop (aquele esfregão nojento) e limpe o banheiro (limpe a pia, o chão, a banheira e a privada - precisa dizer o que precisa ser limpo no banheiro ou vc gosta mesmo de escrever?) e a cozinha;

- passe o aspirador em tudo;

- passe a roupa que está na cadeira da direita (na maior parte das vezes eram sempre as mesmas roupas, inclusive a tal puffy shirt, ela adorava blusas assim, dão um gosto de passar quando você tem que limpar uma casa inteira e mais essas roupas em duas horas...);

Não contente com esse pingo de coisas que ela me dava pra fazer, ela ainda cismava muitas vezes que a casa não estava bem limpa e a roupa mal passada - claro, né?
A menina anterior da casa e a anterior a ela, segundo soube, todas pediram por mais uma hora de trabalho para dar conta de tudo, e a muquirana sul-africana negava, deveria estar acostumada na terra dela a escravizar os outros... só não sabia que isso tinha acabado...

Eu corria como uma louca naquela casa para dar conta de tudo!
Eu chegava correndo e não parava! Não poderia ficar sempre fazendo horas sem serem pagas e fui desandando aos poucos: passava hoover quando era realmente essencial. E o cabelo da mulher estava por toda a parte... parecia que ela devia sofrer de uma queda muito da agressiva porque os bichos (carpete e o hooover) ficava entupidos de tanto cabelo loiro tingido...

Ah! O hoover!
No primeiro dia que cheguei na casa, o hoover não funcionava. Tentei de todas as maneiras, todas as potências fazê-lo funcionar e ele funcionava mal e porcamente (como a casa), troquei o filtro, nada... ele estava mesmo pedindo arrego...
o aspirador da barbie
Descobri que muitas casas em Londres são alugadas com tudo que está dentro, então, acreditava que aquele hoover deveria ter sido da casa do Jack Stripador... ou, na melhor das hipóseses da Yoko Ono, já não seria tão velho e imprestável assim...

Vivia pedindo para  a mulher um hoover novo... sempre dizia que não funcionava e ela sempre pedindo pra eu usá-lo. Até que um dia ela me apareceu com um totalmente de plástico, pensei que era brincadeira com a minha cara: nem o cano ficava no lugar, caía toda hora, não encaixava, mas a adEvogada era mesmo uma muquirana, junto com o bocó do marido irlandês que nem servia pra olhar um aspirador... era mais fácil culpar a faxineira de preguiçosa, já que não dava pra pôr no tronco...

Ela reclamava horrores do tapete da sala, que não precisava ser "hoovado" e sim lavado, propus isso a ela: iria lá um dia só pra lavar o tapete - ela tinha quintal no fundo como todo mundo. Nunca me respondeu, mas reclamava das manchas nele. O que eu ia fazer se já tinha chegado com aquelas manchas feitas no tempo de Winston Churchill? Se eu resolvesse passar algum produto tira-manchas ela teria que comprar e ela nem comprava bombril quando eu pedia...

Ela era tão pão dura, mas tão pão dura que pedi Brillo (a versão 'ingrish' do bombril) e ela me comprou uma daquelas esponjinhas brilhosas, sabem? aquelas que são moles e parecem cheias de glitter e que não limpam panela nenhuma? Que não arejam panela nenhuma... Panelas com marcas de terem sido queimadas na primeira filmagem do Monty Phynton Flying Circus...


fotos explicativas
Num dos refratários dela eu cheguei a deixar de molho na cândida e não saiu... nem com um produto tenebroso de limpeza hiper forte (viacal)... que ela tinha posto no lixo e eu peguei: outro ela não ia comprar e eu ia ter que me matar pra limpar, né?




o maravilhoso mop e o maravilhoso chão



Foi o único produto que consegui tirar a sujeira que um "pedreiro" fez no banheiro quando tentou arrumar um encanamento e jogou tinta para todos os cantos - adivinha quem teve que tirar as manchas porque ela reclamou que o banheiro estava cheio de manchas (como se fosse culpa minha)?

No quarto que ela usava de closet só tinha que tirar o pó e trocar roupa de cama quando algum amigo deles iria dormir lá.
Uma vez uma amiga dela dormiu lá, saiu quando eu cheguei e na outra semana Puffy veio me acusar: você deixou a porta do quintal aberta, não deixe!
Nunca abria ali, nunca me foi pedido limpar lá fora, por que eu abriria a porta?

Ela não queria pagar para limpar a casa, mas jogava fora de tudo: até um Dior que peguei pra mim. O negocinho que você aperta do spray tinha enroscado na tampa, daí ela não pensou duas vezes: pôs no lixo do closet e eu peguei, tirei o negocinho da tampa, arrumei e peguei pra mim.
Fiquei esperando ela jogar o ipod dela, mas não rolou, só ficava jogado no chão enchendo de poeira (sim, no chão do quarto de hóspedes).
As roupas que ela jogava fora - novas e de marcas caras - ela jogava sem dó no lixo, até mesmo misturado com lixo mesmo, não doava nada  (e olha que tem várias lojas de ONGs pela cidade, como Oxfam, os famosos car boot sales etc...  e muito menos ela separava o lixo para a reciclagem que a cidade faz e dá os sacos para separar: amarelos para recicláveis, pretos para lixo comum) nenhuma das roupas me servia, porque ela era menor que eu...

Eu já disse que esse povo tem uma mania louca de largar tudo no chão?
TU-DO!
Principalmente roupa, fica tudo pelo chão... e ela não era diferente, fora as roupas de ginástica e tudo mais...

Não contente, um dia, queria que pegasse a roupa que ela tinha deixado na máquina, estendesse tudo e dobrasse a roupa seca do varal. E eu escrevi: se eu tiver tempo, farei isso.
Assim como a louça seca da máquina - que eu tirava para pôr as novas imundices - ela queria que eu guardasse no armário. Disse o mesmo, nem sabia quais eram os lugares das coisas, pra depois ela ainda reclamar que pus no lugar errado? E ela começou a toda semana pedir e eu a não fazer: não tinha tempo!

Dessas roupas que tirava da máquina para colocar a roupa de cama também veio a porqueira total: elas têm mania de tirarem a calcinha, jogarem no chão e quando vão lavar, jogam tudo misturado, sem ver se precisaria de, digamos, um cuidado melhor. E fui, numa dessas vezes tirar as roupas e dou de cara com calcinhas que é melhor eu não descrever... senão vocês não vão querer mais ler meus relatos... mas imagine como fica um pano que você usou para limpar graxa e como ele continua do mesmo jeito se você não faz uma limpeza separada e com água quente, por exemplo, não deixa de molho...
Ou mesmo a famosa freada...
Peguei tudo com a luva e estendi no maravilhoso varal na cozinha (sim, a roupa tinha sido lavada... apesar de não parecer...), ela e o marido também estendiam roupas todas pela casa nos heatings... ficava lindo!

E ainda tem mais: o cabo da escovinha do banheiro tinha quebrado, era só um cotoco... tive que comprar com meu dinheiro um porque a mulher nunca se deu ao trabalho de comprar. Assim como também comprei um mop decente porque ela não comprava um novo (que eu sempre pedia porque o outro eram 3 paninhos pendurados) e estava sempre cobrando uma limpeza mais bem feita no chão do banheiro e da cozinha.
Como faria essa limpeza mais bem feita se o mop era ruim, os produtos de limpeza acabam e ela não comprava e sempre ela inventava mais coisas para eu fazer? EM DUAS HORAS?

Acredito que ela também tenha ficado ainda mais no meu pé, porque eu um dia deixei um bilhete perguntando se ela não tinha amigas que precisavam de cleaner: ela deve ter percebido que eu precisava de trabalho e aí pisou mesmo...

Eu sempre quis largar a casa se conseguisse outro trabalho, o que acabou não acontecendo, então continuei porque bem ou mal eram vinte libras que aliviavam no aluguel semanal...

Um dia, cheguei na casa e estava tudo como tinha deixado na semana anterior, inclusive o mesmo bilhete da semana passada e nada de dinheiro (ela "esqueceu" algumas vezes de me pagar e pagava tudo na outra semana), percebi que só poderia ser uma coisa: ela e o marido deveriam ter viajado. Mandei mensagem e ela me respondeu muito depois dizendo que tinha esquecido de me avisar que iria viajar.
Na outra semana me deixou de presente uma caixa de bombom para que eu a perdoasse (essa mulher era bipolar, né?). 
Até que o chocolate era bom...
Numa dessas viagens pediu para eu limpar por três horas a casa - porque a casa tinha ficado sem limpar na semana anterior, ou seja: pagaria 30 juntando as duas semanas e eu tomava o prejuízo de 10 libras...
Em outra vez que foi viajar disse para eu limpar a geladeira e o micro-ondas que nunca devem ter sabido na vida o que era ser limpo... 

Não "vendi a casa", não dava pra vender: seria muita safadeza da minha parte cobrar um mês dessa casa para passá-la para outra pessoa. Dei a casa para uma brasileira, amiga de outras que entrarão na história em breve e eram da geração de 20 anos em Londres.
A brasileira que ficou com a casa me disse que pediu mais cinco libras para a muquirana, porque disse pra Puffy que morava longe e chegaria tarde em casa e a puffy concordou!! Ela me disse que assim, se se atrasasse, o dia estava ganho... essa foi até esperta, mas eu sei que ela vai limpar muito menos do que eu limpava...

Quando fui embora, no último dia que limpei a casa ela me deixou de presente uma garrafa de champagne. Fiquei com raiva: bando de bebuns que acham que a gente é bebum como eles, porra! 
Eu queria dinheiro!
Dinheiro era o que eu precisava e sempre precisei vivendo lá - era difícil entender isso?

BEBIDA NÃO É PRESENTE! É VÍCIO! é assim que penso e ODEIO quando alguém dá bebida de presente, é o mesmo que dar um baseado pro drogado, não que eu seja alcóolatra, mas passei a vida vendo isso acontecer com um.

Não bebi, deixei na minha última casa, como o vinho da história da mala...
A dona deve ter feito melhor uso que eu... já era perto do Natal mesmo... e na minha mala pra voltar já ia pagar muito de bagagem extra...
a calça que a figura usava

Demorei pra postar porque não achei a foto que queria: da puffy shirt, não sei o que aconteceu, se encontrar um dia a foto da camisa verdadeira, posto aqui

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A prova

Aqui está a prova de que quase fui liquidada por Soudemorte



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Arquivos do Twitter 2: Aprenda Inglês com a Marciana e outros brasileiros e portugueses

Presente de ano novo! rs

Este era um dos # que eu usava no Twitter... também estava nos arquivos e esqueci de procurar...
tem o maravilhoso inglês da Marciana que quem acompanhou o twitter sabe bem do famoso "pumb" (pub para a mulher de Marte, em Marte falam assim...) e outras coisinhas...

me irrita incrivelmente uma pessoa q mora aqui há 6 anos e fala puMb... q vontade de mandar calar a boca, pras outras asneiras tb
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Menina Enciclopédia
@menciclopedia
4 de fevereiro de 2011

Marciana... se ainda está lá, está há quase 9!!!

olá, pessoas! eu falo do alto do meu beliche... acho q vou acabar dormindo aqui... mas hoje eu vou no pÂMb !!! aeeeee! rsrs
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Menina Enciclopédia
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4 de fevereiro de 2011

bem, povo, vou indo q amanhã é dia de dar aula pra criança q fala "meu casa, minha carro" rs e o pai brasileiro conversa com elas em inglês
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Nair Bello
@nairbello
4 de fevereiro de 2011

Como você ensina português assim?

meu, que sono... vou cochilar 5 minutos pra ir no pÃmb rsrs beijos!
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@menciclopedia
5 de fevereiro de 2011

já anoitei umas palavrinhas... qdo tiver bastante eu posto rsrs e eu errei é ruvá! (to roove)
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5 de fevereiro de 2011

@ju_stella eu não sei se eles falam nil castro, mas não é difícil rs
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5 de fevereiro de 2011

New Castle

vou precisar fazer esse vocabulário rs
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5 de fevereiro de 2011

@ju_stella pros brasileiros aqui: nil castro rsrss
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5 de fevereiro de 2011

palavras do trabalho de cleaner: clinar, mopar, rovar (to clean, to mop, to roover) tô vendo agora q vou ouvir vou aironá a roupa rs
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5 de fevereiro de 2011

por exemplo os portugueses no trabalho falam: usa a flica! = feather (espanador) tudo a ver com a palavra original, né?
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5 de fevereiro de 2011

vou começar a fazer o vocabulário inglês seu creisson em Londres rsrs
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5 de fevereiro de 2011

@ju_stella mas a mulher q fala pâmb, não vai no pãmb pq ela é evangéliDa rs vai na xurchí dela rs
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Menina Enciclopédia
5 de fevereiro de 2011

#aprenda-ingles-com-marciana báat=but "ela tem duas childrenS" depois de 6 anos, revolveu q tem q aprender e tá se achando rs
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21 de abril de 2011

Outra coisa que não contei, é que ela se achava quando começou a aprender inglês e veio me sabatinar: você sabe como diz abóbora em inglês? e eu: pumpkin! 
ela fez uma cara de "xatiada" rs e perguntou: e gêmeos? eu: twins e ela fechou a cara rs

povo! é pumB!!! eu escrevi errado rsrs emoção, emoção rs
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7 de abril de 2011

como diz marciana "o tempo Avoa"
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Menina Enciclopédia
7 de abril de 2011

@ju_stella ah, ainda escrevi errado rsrs é a emoção de morar em Elephant castro rs
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7 de abril de 2011

Elephant & Castle

eu acho q vou ter q fazer ooooooooooooooooooo "vocabulário marciano de inglês" vc já conhecem a palavra PUMP, né @ju_stella ? rs
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7 de abril de 2011

espanhol é bem facinho, é só estudar e checar a apostila, ele procura no "guglê" q ele acha
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7 de abril de 2011

é assim que ela pronunciava google... eu falei da jubilee line, que virou jÚbile, né?


@pimentta eles sabem bem o que é caipirinha rs e alguns puMbs tem Ypioca e já vi 51 rs
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13 de maio de 2011

ninguém se fala, ninguém se olha, só se enche a cara no puMb rsrs aí se encontra alguém... então, vai todo mundo pro Badoo rsrs
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Menina Enciclopédia
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3 de maio de 2011

ingleses adoram sites de relacionamento por conta da timidez

adicionei agorinha lá no texto que estou fazendo com o vocabulário "inglês-marciano marciano-inglês" rs
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Menina Enciclopédia
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7 de agosto de 2011

mais uma para o vocabulário inglês de brasileiros em Londres: Clapham Johnson (que na verdade é: Clapham Junction rs)
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7 de agosto de 2011

estação de trem que faz ligação com outras estações maiores, como Waterloo