domingo, 14 de fevereiro de 2016

A volta pro Brasil da Roommate

Em abril de 2011 a Roommate voltou pro Brasil, chegou no dia de Páscoa a Sampa, mas o sábado de Aleluia não foi nenhum pouco simples e aprendi uma coisa: toda volta de brasileiro é cheia de aventuras... como já contei a volta de um casal aqui e como vou contar um dia a minha volta...

Ela tinha uma outra amiga, que foi de quem comprei a casa da Puffy Shirt e da Botocada, esta amiga tinha ido embora fazia umas duas semanas, mais ou menos, pro Brasil também e pediu para a Roommate se poderia, por favor, levar uma das duas malas que ela havia deixado em  Londres porque não teve como levar. Roommate, toda simpática, disse que levava todas, imagina! Claro, era um prazer! Só que teria que buscar em Stockwell, pertinho de Elephant & Castle se você está motorizada. Foi o caso, Roommate alugou um carro para levá-la até o aeroporto, porque ela também tinha duas malas bem cheias com um pequeno presente que mandava pra minha mãe, de Dia das Mães, e uma boa leva de coisas que a Marciana pediu para que ela levasse para a família dela (Marciana ajudou a pagar o carro), fora as coisas que ela comprou pros outros: pro filho da amiga milhões de roupinhas de criança, para as irmãs e quem mais quisesse um monte de perfumes e Victoria Secret que achamos um lugar perto de casa super barato e ela pretendia vender quando chegasse em Sampa. Daí a mala dela já estava abarrotada e disse:
- Vou pôr um pouco dessas coisas na mala da fulana pra equilibrar minha mala!

Decidi ir com ela me despedir e ajudar a carregar as coisas, fazer companhia antes do voo. 

Chegamos em Stockwell e dois amigos da fulana vieram trazer as malas, eram 3 malas na verdade que a fulana disse que pagaria pra Roommate se passasse do permitido. E eram 3 malas beeeeem cheias! Quando chegamos, ficamos sabendo que só podem 4 por pessoa, mais que isso ficaria bem caro... e outra:como carregar tanta coisa?
A Roommate ficou desolada, não sabia o que fazer e aquele tempo de ter chegado cedo ao aeroporto seria pra decidir o que fazer...

Daí ela abriu as malas da fulana e ficou irritada: um monte de tranqueiras que a fulana não conseguiu levar quando foi embora: shampoos, cremes e até enfeites de Natal! aqueles de pôr em porta...

E aí começaram as tentativas de tirar coisas e colocar outras nas malas e ir toda hora pesar na balança que o aeroporto disponibiliza... nunca vi isso em Guarulhos que me lembre, mas em Heathrow tem balanças para pesar as malas, das grandes, claro.
E foi um tal de ir e voltar pesando malas sem fim... até que ela decidiu que coisas não iam... tinha até biscoito de chocolate em palito - sabe aqueles palito que colocam no sorvete? tipo aqueles - e Roommate estava tão aborrecida que abriu o pacote e começou a comer e eu também rs

Daí ela decidiu que só levaria o que era roupa ou coisa mais importante da fulana, como ela ia levar uma malinha de bordo, deixou comigo pq não conseguiria levar e as coisas não iam pro lixo, tipo shampoo da Tresemmé que nem era vendido ainda no Brasil... e, nem as coisas da dona Marciana... e eu que iria trazer de volta...
Fui com a malinha de volta com shampoo, cremes, bagulhos e mais bagulhos sem importância pra mim, pra ver se serviam pra alguma coisa e as roupas dos filhos da Marciana de volta a Elefante Castro...

Depois de montadas as malas, já em cima da hora do voo, fomos pra fila e nos despedimos. Ela não via a hora de voltar ao Brasil, estava ansiosa e eu fiquei sozinha com a malinha e tendo que aguentar viver com Marciana e Bruxa do Centro Oeste...

No outro quarto já não estava mais o casal polonês, já era um pai e sua filha que se diziam argentinos, mas de argentinos não tinham nada, o pai tinha morado na Espanha e conseguido cidadania e assim trazido a filha que morava com a avó na Argentina. Estavam lá fazia pouco e aquela bandeira do casamento da Kate e do William foram eles que colocaram na sacada - acho que coloquei a foto aqui, se não pus, viram no Fb...

Voltando, quando cheguei e tive que devolver as coisas para a Marciana ela ficou looooouca de raiva! Ficou brava e queria descontar em mim, mas o que eu poderia fazer? Quem ia viajar não era eu, o que mandei para minha mãe era super pouco, nem dava tanto peso. Ela ficou falando um monte e eu devolvi o dinheiro do carro para ela que a Roommate deixou comigo. Ficou mais calma, mas brava do mesmo jeito porque o filho estava esperando as roupas da Adidas e as filhas esperando perfumes caros que a camelona comprou com o suor das banhas e os filhos iam se esbaldar no Brasil... ficaram sem.

Eu não podia fazer nada e nem queria, queria não ter que enfrentar as reclamações da Marciana por uma coisa que outra pessoa fez, mas naquele momento eu percebi que aprendi uma coisa importante pra mim: chegar cedo no aeroporto e nunca levar nada dos outros se não tiver como levar as minhas coisas em primeiro lugar!
Sobre a menina da mala, antes que falem que ela fez o mesmo, ela tinha vindo só com uma mala e voltaria com duas talvez, eu pedi pra levar só uma e meu irmão buscaria ela até no aeroporto e a deixaria em casa só pra pegar minha mala... não é a mesma coisa, hein!



Um comentário:

  1. Foi mais ou menos, Rê, mas houve mais stress na hora de pesar junto ao check in. Mas aeroporto é tenso sempre, pelo menos eu sinto assim, rs.

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